Sou de outros tempos
Daquele do arco da lomba
Largo, feito peito de pomba
Abraçando quem chegava
Bondoso, boas-vindas dava
No agasalho de sua sombra
É amigo! Bons tempos
Aqueles idos, de outrora
Da vida, ainda na aurora
No fulgor da mocidade
Com o ímpeto da idade
Se jogava conversa fora
Quadra de tantos suspiros
Terra fértil em namoros
Onde não se ouvia choros
Os corpos rolavam nos trigais
Pródiga em murmúrios de ais
Tendo os pendões como forro
Hoje só restam saudades
Épocas que não voltam mais
E no fundo só despertam ais
Que permaneçam guardadas
Assim fiquem bem cuidadas
Coladas a ti, por onde tu vais
Por: Nelson José Weber – Capitão reformado do Exército Brasileiro.